segunda-feira, 10 de maio de 2010

Manifesto: "Pelo Reenquadramento Sacro-Acadêmico da Astrologia" *


A Astrologia é um conhecimento que sofre as vicissitudes de cada época histórica, de seus sistemas políticos, científicos, econômicos e religiosos. A Astrologia que conhecemos hoje é uma herança de conhecimentos cuja origem se perde na névoa do passado. Nomes como Dane Rudhyar e Stephen Arroyo nos aproximam dos ensinamentos originais da Escola Himalaya e dos antigos alquimistas, respectivamente, através de mediadores como Alice A. Bailey e Carl C. Jung.

Mas a exegese e até mesmo uma necessária diluição do saber não devem representar uma redução de conteúdos e aplicações. A Astrologia foi dada em um contexto sagrado e é nele certamente que alcança sua melhor expressão, ajudando a compor instituições superiores, científicas e espirituais.


Existem duas tendências gerais na aplicação deste conhecimento tradicional, uma sagrada e outra profana; uma que alquimiza o tempo e suas energias (Dharma), e outra que apenas busca escapar das vicissitudes do destino (ou Karma).

A primeira não ofende à ética cristã ou a qualquer outra ética espiritual, porque se ocupa de assimilar conhecimentos com um sentido exato de auto-cultura e conscientização, ou seja, um exercício de jnana-yoga (yoga do conhecimento), em termos hindús, e onde o indivíduo segue paulatinamente um caminho espiritual sobre sendeiros demarcados pelos astros e suas energias ocultas. Este é o caminho de Hércules, o herói solar, em suas tantas tarefas redentoras.

A segunda, entretanto, peca por buscar escapar das forças naturais ainda dentro de seu próprio domínio. O destino de todo aquele que assim atua só pode ser o de Prometeu -quem roubou o fogo aos deuses. Porque ao valer-se do escudo da Ciência Sagrada de forma negativa, lhe malversa e sataniza ao pactuar com forças inferiores, terminando preso à terra e psiquicamente desequilibrado (por outra parte, no mito, é Hércules quem termina por salvar a Prometeu de seu destino).

A tarefa do astrólogo moderno, que se depara com um mundo em crise mas tem ante si as informações das culturas históricas, é reintegrar a Astrologia ao quadro geral da Tradição, junto às suas Ciências-irmãs como a Alquimia, a Cosmologia, a Hierofania...

Desta forma, apenas, os horizontes da ciência astrológica serão liberados, e ela pode revelar a sua verdadeira vocação unificante.

Não é fácil renunciar ao êxito mundano da prática astrológica divinatória, e adotar com coragem uma postura mais puramente didática -inicialmente como aprendiz. Muitos querem sair logo "praticando" e até "ensinando". Mas, certamente, quem se apressa a ensinar e a "praticar, tarda em aprender e a "crescer". Entretando, tudo isto é essencial para a evolução do saber astrológico e sua adoção pela Universidade -passo crucial para a chegada da Nova Era. Sem que isto represente um purismo absoluto, porque o problema não é apenas o comércio (que até pode ter seu lugar em uma sociedade sagrada, como já ficou demonstrado no passado), senão a própria qualidade da mercadoria oferecida.

Somente ao aperfeiçoar a metodologia de estudo da Astrologia, e ao mesmo tempo preservar seus padrões éticos, pode-se voltar a postulá-la como uma ciência universal. E, desta forma, observamos que o retorno ao sagrado implica também o reenquadramento acadêmico da Astrologia, e sua valorização enquanto disciplina do espírito, com aplicações sociais verdadeiras.

Pois, se uma sociedade sagrada adotaria naturalmente uma ciencia assim, o oposto também pode chegar a suceder, ou seja, a difusão de um conhecimento superior seriamente administrado, será capaz de gerar uma sociedade espiritual a seu próprio tempo -e é disto que necessitamos uma vez mais e o que, no fundo, todos buscamos.

Esta é, pois, a responsabilidade do astrólogo culto: não entregar sua ciência aos "mercadores do templo", senão preservar sua integridade e função, dedicando-a à nobre causa do progresso interior, para empregá-la não como antídoto externo, senão como instrumento para o fortalecimento espiritual. A forma para realizar isto é somente pela integridade, a qual transforma as energias básicas em forças superiores. Assim se elevam os padrões astrológicos e se os reúne às outras ciências tradicionais.

A própria reinserção da Astrologia na sociedade oficial depende apenas do refinamento de seus postulados, o que implica dizer que depende realmente do reenquadramento em sua origens, junto ao plano geral das ciências tradicionais. A Astrologia isolada é como um relógio sem engrenagem e sem alguém que o olhe: de quase nada serve...

A ciência moderna já apresenta elementos suficientes para acatar os saberes tradicionais como tese, especialmente quando estes são focalizados numa postura nobre, nem dogmática nem aprisionante (mecanicista). A relatividade universal, a dualidade quântica, a holografia e o estruturalismo, são doutrinas que corroboram perfeitamente as ciências tradicionais, e de algum modo serve de suporte histórico às suas Leis. Resta apenas ao astrólogo ter suficiente discernimento e, é claro, unidade de classe, para gerar uma força social de conteúdo global.

Necessita compreender adequadamente a inserção da Astrologia em seu contexto original, se não desejam gerar carma para si e atrasar a evolução do mundo. Devem compreender que a Astrologia é apenas uma linguagem dentro de um Todo cultural sagrado com várias facetas e níveis, e que, ainda que especializado na sua matéria, o astrólogo deve conhecer seus limites e não aprisionar ninguém sob seu poder. Para isto, é necessário crescer em sabedoria e, por suposto, eliminar qualquer dependência de raiz -o que só pode ser completamente realizado no caso dos astrólogos que desejam dedicar-se inteiramente ao seu saber em uma sociedade sagrada, onde o comércio cede naturalmente lugar a uma cultura espiritualmente verdadeira, integrada e progressiva.

O astrólogo integral passa com isto a ter liberdade de sempre desenvolver seu saber, porque já não depende das expectativas inferiores da mundanidade, que deve ser antes entregue ao domínio da religião popular que valer-se de qualquer suporte luciférico na malversação -sempre facilmente encontrável- das ciências sagradas.

O astrólogo verdadeiro, aquele que caminha no sendeiro das estrelas, é um iniciado que deve ascender socialmente de forma digna e cabal, sempre dentro dos princípios que regem a Tradição. E para isto, devem impregnar-se dos cânones sagrados da Tradição em todos os seus aspectos. Não nos espantemos pois que ele se torne um sábio e até um profeta.

O futuro aponta para a restauração das grandes Universidades do Saber, dignas deste nome, como a antiga Taxila dos hindús, a Nalanda dos budistas, a Escola de Crotona de Pitágoras, a Samyen de Padma-Sambhava ou a Vikramashila do sábio Atisha (de onde emanou a suprema doutrina astrológica do Oriente, a ciência Kalachakra, ou "Roda do Tempo"). Tais universidades servirão uma vez mais de berço para o surgimento de sábios que orientarão o mundo no futuro, seres plenamente capacitados para uma existência perfeita de serviço e representantes das idéias de uma sociedade integrada. Tudo isto já existiu muitas vezes, e agora deverá voltar a suceder.

Mas, para tal coisa, não devemos reduzir a Astrologia aos parâmetros mundanos ou profanos: a Astrologia serve para compreender o tempo e suas energias, identificando suas origens, e não para escravizar-nos a ele de uma forma ou de outra. Então, que ela sirva como escada para o aperfeiçoamento cultural da humanidade, gerando a síntese através da ciência dos símbolos, como é a sua legítima vocação. O símbolo está voltando a ser uma linguagem universal, como é de sua natureza. De modo que este movimento em direção à síntese é na verdade uma tendência histórica –o que pode ser também observado astrologicamente–, e só por aí a humanidade encontrará seus caminhos no porvir.

*Publicado na Revista Astrológica MERCÚRIO-3, n° 10, Ed. Índigo, Barcelona, Espanha.

Entrevista: "Pinceladas das Esferas Zodiacais"


A seguir, temos uma “entrevista” realizadas pelo astrólogo Héctor Othon (autor do título desta matéria) com o diretor desta revista, Luís A. W. Salvi,* no mês de março de 2005, onde este explana a sua visão da astrologia e a formação como astro-filósofo.

HO. Fale de sua visão da Astrologia, e preencha-se de entusiasmo porque sinto que nas suas idéias existe sim um contato com a inteligência universal.
LAWS. Não sei se há maior interesse em aprofundar conceitos subjetivos –até porque esta é a tendência da astrologia simbólica e espiritual. Mas vamos lá. Em termos gerais: não cremos na influência de constelações –tudo se originaria no próprio espírito do homem, da sociedade ou de Deus, etc. Mas –e o que é importante–, isto em nada muda a praxis da Astrologia. Aliás, tampouco tento desacreditar da realidade do zodíaco trópico, apenas não aceito confundir as esferas, como parece acontecer amiúde. Para iniciar, na esfera sideral, inexiste esta mudança de signo inicial com o passar das eras (como querem fazer crer os cientistas e os orientais), justamente por não se tratar de uma esfera física vinculada à influência de constelações, e sim questões simbólicas para aludir à evolução do próprio planeta terra, cujos sábios usam o céu meramente a título de relógio cósmico –acaso um relógio é responsável pelo tempo? É claro que não... ele apenas assinala a evolução das horas O mesmo se passa com os diferentes zodíacos –ainda que sempre se possa aventar um acréscimo de energias mais físicas, como ocorre com as estações em relação ao zodíaco trópico, sem que isto substitua as energias subjetivas e de base matemáticas, por assim dizer.  

HO. O que são os signos para sua escola?
LAWS. O signo é um quantum de energia subjetiva existente na construção ordenada da consciência universal, análogo à evolução das estações do ano, por exemplo, com os quais eles de fato tem analogias (trabalho o tema em minha obra Astrologia Telúrica). Os adeptos das doutrinas construtivistas sabem do que se trata, assim como aqueles que trabalham com iniciações e outros ciclos espirituais ou subjetivos.

HO. Poderia também falar um pouco sobre o Sol, a Lua e os planetas?
LAWS. Quanto ao Sol, apreciamos a visão de Dane Rudhyar na obra O Sol também é uma Estrela, voltada para a Astrologia Galática, campo onde temos feito algumas incursões. No mais, é a nossa estrela-mãe, e uma referência vital para o trabalho solar da construção do espírito; além de ser um instrumento mental. A Lua é sua contraparte, associada à sensibilidade, instruindo sobre a dualidade cósmica vital no plano da Perfeição da Criação. Os planetas significam, para nós, símbolos das estações espirituais na harmonia cósmica, vinculados às iniciações humanas e hierárquicas.

HO. Poderia também falar um pouco sobre a associação a seres espirituais? Na sua visão, aceita-se que os planetas são estações de trabalho espiritual, comandadas por seres da hierarquia espiritual superior relacionada com o processo de encarnação de humanóides no planeta Terra?
LAWS. É uma pergunta de certa forma difícil, porque uma das formas de astrologia que mais respeitamos é justamente a esotérica, e não queremos dar a impressão de desejar concluir o diálogo com as estrelas também a este nível. Insisto, todavia, que o questionamento epistemológico de certos postulados –a nosso ver algo mal colocados pelos astrólogos–, não altera necessariamente a praxis da Astrologia, mas serve com certeza para requalificá-la, dando seriedade, profundidade e pureza, e permitindo afastar do fetiche e da superstição, por exemplo –dos quais o culto a “seres” superiores são uma expressão mais refinada. Porém, a fórmula-base hermética da astrologia, “assim como é em cima é em baixo”, em nada diz respeito a influências, mas somente a correspondências e analogias. O importante é compreender que tudo o que se diz a respeito a hierarquias permanece válido, ainda que, em nome de uma lógica científica mínima –pois descobri que cada visão-de-mundo costuma ter uma parcela de razão–, prefiramos desalojá-los das estrelas distantes para recolocá-los num tempo-espaço mais subjetivo –ainda que a Ciência terrena tampouco vá aceitar a isto. Seja como for, para nós o vínculo estelar/planetário segue válido como símbolo e alegoria. Aliás, a mística dos mundos distantes, para quaisquer efeitos, foi sempre cultuada na Revista Órion de Ciência Astrológica.

HO. Pode falar um pouco mais da “Esfera Sideral” e também das outras Esferas zodiacais?
LAWS. Nossa extinta mestra Emma C. de Mascheville trabalhava com três esferas. A “Esfera Sideral” é o grande Ano de Platão; o zodíaco trópico é a esfera associada às estações e ao ciclo anual, e o sistema de casas é a esfera de mutações diárias. Tudo isto depende e nasce unicamente da inclinação dada pelo ponto vernal. O ponto mais polêmico é o Ano Cósmico, ou o Sidéreo, em torno do qual se tecem as maiores absurdidades, a partir da confusão indevida entre astrologia e astrofísica que os próprios astrólogos alimentam.

HO. Você conhece o seu próprio mapa natal, usando o Zodíaco trópico como fundo, segundo é a leitura da Astrologia Ocidental?
LAWS. Com certeza, pois seguimos de início escolas tradicionais, embora sempre vinculadas à iniciação. Para a GFU, por exemplo, escola astrológica semi-cientifizante mas também iniciática, era proibitivo fazer horóscopos para terceiros –a Astrologia era vista como algo muito íntimo, não sendo possível alguém de fora fazer por nós este trabalho de cosmificação interna. E dona Emma tinha profundas abordagens esotéricas, como sua Doutrina de Luz e Sombra (que depois desenvolvemos à exaustão); e dizia não apreciar fazer horóscopos externos, era apenas o seu ganha-pão –coisa que nós mesmos tivemos que renunciar, antes de ter acesso a visões mais avançadas.

H.O. No meu trabalho cotidiano com interpretação de Mapa natal, sinto profundamente a grande utilidade que é ter acesso a uma leitura dele. Vejo o mapa também como mandala pessoal, e sou agraciado a cada intento de ler o mapa das potencialidades que ele oferece... Pesquiso através do astropsicodrama, dando corpo e voz aos planetas e sua situação na mandala,.. conseguindo assim manifestar as riquezas que tais símbolos vivos tem na compreensão da individualidade e as formas de administrar sua singularidade. Desde este ponto de vista sinto muito válido e útil a pesquisa sobre o mapa natal... que considero um dos fenômenos naturais mais fascinantes que existem... Para mim os posicionamentos planetários, definem “eus planetários” vivos e diferenciados que quando manifestados na proteção do rito teatral astrológico enriquecem o autoconhecimento... No site www.xamanismo.com.br tem um artigo sobre este trabalho que chamo de “Olimpo pessoal”. A sua forma de ver as funções planetárias na dinâmica da personalidade é diferente da tradicional? Você usa algum tipo de mapa natal?
LAWS. O Horóscopo pessoal é um calendário particular válido, de amplo proveito e com múltiplas funções. Com a evolução, vamos superando o maniqueísmo e empregando chaves mais universais, nos termos da astrologia esotérica que trabalha com formas geométricas, por exemplo. Nisto, damos valor aos ensaios de Dane Rudhyar –um dos maiores astrólogos simbolistas da modernidade–, na aproximação do horóscopo com a mandala (quiçá o yantra), usando como intermediário de aproximação o horóscopo-quadrado medieval.
Quanto mais se puder sistematizar o horóscopo, melhor será. Somente assim ele será um autêntico revelador de nossos ritmos, mais que uma simples foto de parede fixa e imutável. É claro que os trânsitos & progressões, entre outros, também são uma chave para isto, mas estamos falando de algo ainda mais harmonioso, que é a geometria cósmica.
Contudo, é importante também valorizar o horóscopo coletivo, que são os calendários tradicionais. São formas eficazes de explorar as dimensões da Alma. Vale lembrar que todo o horóscopo pessoal, é sempre uma fração extraída destes calendários maiores. Neste sentido, a qualidade da matriz também é importante no resultado de suas derivações –se se parte de um calendário solsticial ou equinocial, se está correto ou adulterado, se é autócne ou colonial, etc., etc. Os astrólogos raramente se questionam acerca da natureza e da idoneidade dos calendários a partir de onde fazem seus horóscopos, mas investigar as bases é uma questão de seriedade e sempre um trabalho fundamental.
Trabalhar com calendários é uma tendência natural da expansão da consciência (e por isto pode atuar de forma recíproca), denotando que a pessoa está integrada a um todo maior e buscando também uma harmonia social e planetária efetiva.
No campo social, por exemplo, temos alcançado a perfeição deste quadro através do resgate da tradição dos Cronocratores, pelo qual estamos podendo atualmente apresentar uma proposta de transformação sócio-cultural do país, sobre bases também astrológicas e tradicionais. E na esfera mundial, trabalhamos com o mistério das rondas (ou manvantaras) como uma nova revelação aberta –que também denominamos de o Relógio Cósmico.

HO. Por favor, você pode falar um pouco do conteúdo dos signos, e aproveite também para falar de seus regentes planetários, vocês usam os mesmos regentes da Astrologia individual ocidental: Marte para Áries, Vênus para Touro, etc?
LAWS. Aprecio analisar os signos como derivados da combinação 3x4, ou ritmos/elementos. Por si só explicam muito bem a natureza psíquica dos signos. Sobre regências, tenho uma inclinação pessoal pela astrologia clássica, dada a simetria que oferece. É verdade que a astrologia romana tinha doze regentes/deuses planetários –é claro que organizados em pares ou casais–, que é para onde aponta a visão esotérica de Alice A. Bailey.

HO. Tem sentido, na visão de vocês verem os signos como os canais ou “quantum de energia” básicos de manifestação da vida no planeta Terra?
LAWS. Sim, os signos são bases da manifestação universal, de fato, manifestação no sentido de exteriorização inclusive, simbolizado melhor que tudo pela correlação Ascendente/Personalidade.

HO. Vocês vêem os signos como as três dimensões dos 4 elementos: Fogo, Terra, Água e Ar?
LAWS. Sim, é como dissemos em resposta anterior. Está muito bem colocada a questão dos signos como estações na natureza triangular dos elementos, uma visão tipicamente esotérica, e que também vinculo com os meses e estações.

HO. Você conhece a associação que fiz dos signos ao ciclo sazonal no hemisfério sul?
LAWS. Desconheço o trabalho em questão, mas tenho muito interesse pelo tema. Mas o caminho é por aí mesmo: investir no contexto meridional! Se você aprecia a questão das Estações, então meus trabalhos sobre Geografia Sagrada também serão um prato cheio para você. Faz muito mais sentido, e é chegada a hora da libertação cultural completa ou possível. Aliás, você saberia dizer, qual aquela faixa do planeta onde as estações são exatamente iguais ou simétricas, merecendo ser por isto chamada de mandala (ou pirâmide) climática? Não por acaso, ali foram construídos as pirâmides e os zigurats, por aquelas sociedades que, pela primeira vez, souberam fazer da astrologia um instrumento civilizatório.

HO. Existe toda um conjunto de  entidades e seres espirituais nomeados pelas diferentes religiões e escolas espirituais. Em específico, a sua escola associa as energias planetárias a avatares, seres espirituais superiores responsáveis com o processo de encarnação de humanóides no planeta Terra? A pergunta é muito concreta, ainda que refira-se a conhecimentos superiores.
LAWS. Como divinos alquimistas, os seres superiores e os avatares ordenam e qualificam as energias planetárias nos melhores termos, tratando da matéria-prima psíquica pré-existente na Terra, em favor da evolução humana.

HO. A sua relação com as energias planetárias é canalizada através da função de seres espirituais superiores?
LAWS. Como disse, sempre tive vínculos com escolas de astrologia de teôr iniciático, e mais tarde me especializei no assunto, sempre pelo caminho da iniciação. No mais, o sentimento de assistência espiritual tem sido uma constante. Hoje enxergo todas as coisas, sem excessão, pela ótica da astrologia, assim como da transformação.

HO. Lamentavelmente até agora não conheci nenhuma colocação clara sobre a Esfera Sideral, você poderia colocar a visão da sua mestra Emma C. de Mascheville ao respeito. Ainda que já ouvi falar dela, não conheço seu trabalho. Vou tentar me informar via Internet, mas se você pudesse colocar algum texto, facilitaria.
LAWS. Dona Emma apresentava um tratamento especial sobre o Ano Cósmico, em termos de “Gran-Domus” ou sistema de casas sideral, pelo qual fornecia uma esclarecedora análise da História universal.* É claro que não é a única visão ou abordagem existente em torno do Sidéreo. Há muito lugar para pesquisa no campo da astronomia/mitologia, por exemplo, sendo a Revista Órion um campo fértil para explorações nesta área, ao investigar os vários pólos cósmicos, por exemplo, base para uma visão mais específica das coisas.

* Revista Órion CA, numero 13
** O assunto foi aborado na Revista Órion em sua edição nº 2, Primavera de 1994.

Perguntas e Respostas


P. Qual a explicação astronômica para a existência do zodíaco, e onde e em que época ele foi codificado?
R. A tradição zodiacal tem sua origem na percepção da inclinação do eixo da Terra pelos primeiros astrônomos mundiais. É isto que determina alguns dos principais ciclos do planeta, como as estações do ano solar e as variações do Ano Cósmico, e até mesmo a assimetria do sistema de casas diário. Mesmo no dia e a noite haveria mudanças sem isto, pois seriam sempre iguais em cada latitude do planeta. Certamente, o zodíaco foi codificado naquela faixa central da Terra, ou no paralelo 30, porque é unicamente ali que existe a simetria sazonal e, por conseqüência, a analogia com os signos. Por esta razão, quando a humanidade chegou nesta latitude no período lemuriano, teve início os primeiros indícios de organização calendárica, ainda então uma realidade para os iniciados, até que a hierarquia se organizou ali no período áryo, universalizando a ciência do tempo e a revelação deste plano de harmonias. Esta seria uma explicação adicional para a organização de Shambala, no decurso da terceira raça-raiz (lemuriana); já que Shambala é sempre sinônimo de paralelo 30.

P. Até que ponto podemos realmente esperar da Astrologia uma previsão correta das coisas?
R. A Astrologia sempre foi usada com muito proveito, a partir de uma visão estrutural da evolução que oferece, seja para esclarecer a natureza geral das coisas, seja para prever tendências. Isto não chega a significar a tentativa de fazer da História uma ciência exata. Ora, se até mesmo na educação individual há dificuldades de alcançar tal coisa, que dizer da evolução histórica... De fato, a cronologia não é uma ciência exata, pois a astrologia, trabalha com tendências, sem jamais eximir a natureza do contexto, capaz de facilitar ou dificultar a implantação de uma dada evolução. Seja como for, não é uma maravilha poder contar com uma sabedoria precisa acerca do tempo das civilizações...?

P. Por qual razão se emprega o período de cinco mil anos para as evoluções raciais?
R. Os critérios cíclicos podem obedecer aos mais diferentes fatores. O tipo de divisão adotado na evolução racial, pertence à categoria dos ciclos-fênix ou pentagonais, representando neste caso, subdivisões do ano Cósmico, dentro da fórmula da raiz quadrada, e que determinam a mais perfeita definição de ciclo, ou seja, a de uma realidade que relaciona entre si todas as suas subdivisões. Já os ciclos irisados ou setenários, também passíveis de abordagens quadradas, apresentam maior relação com a questão psíquica, já que incidem notadamente sobre a metade dos ciclos-fênix, e portanto sobre a sua etapa reformadora.

P. Como um astrólogo simbólico deve se posicionar diante da astrologia comum?
R. Com tolerância, compreendendo ser a visão simbolista algo por demais sutil para a grande maioria das mentes. É importante, ademais, observar que o simbolista não questiona a validade da praxis astrológica comum, já que, independente das questões axiomáticas e dos valores, as energias com que trabalha a astrologia estão presentes, por falha que possa ser a leitura dos mecanismos causais e do raciocício epistemológico do astrológico "prático", tal como a falaz transposição de uma visão de mera analogia, para a de causalidade exterior.

Opinião de Leitores


- “Quanto à Revista Órion, dou-lhe os parabéns e digo-lhe sem lisonja que é a revista de astrologia mais perfeita e esotérica que já vi alguma vez. Nessa especialidade (...) nunca vi nada tão completo e genuinamente espiritual. Digo isto sobre o facto concreto de conhecer alguns milhares de revistas do gênero publicadas em vários países, mas que sem sombra de dúvida a sua supera largamente a todas elas. Mais uma vez, os meus sinceros parabéns!” (Vitor Manuel Adrião, escritor e esoterista português)

- "Tenho 74 anos, e desde os meus 16 anos estudo assuntos esotéricos, mas nunca aprendi tanto, nem me foram reveladas tantas maravilhas, tais quais as que encontrei na Revista Órion!.." (Rômulo Rezende Filho, TO)

- "O artigo intitulado O Paradigma Construtivista na Astrologia (ROCA, nº 3), foi o melhor que já li sobre Astrologia." (Rogério Dossamar, RS)

- "Com A Igreja e a Astrologia, LAWS coloca um ponto final sobre todas as dúvidas em torno da questão." (Marciano Ribeiro, RS)

- "Meus calorosos parabéns pela publicação da Revista ÓRION, uma verdadeira dádiva esotérica e exotérica ao Universalismo. Continuem vibrantes!" (Alexandre Gomes Elias, MG)

- "Com relação à edição de ÓRION, creio que me faltam palavras para expressar o belo, o maravilhoso, o ideal... Será que é devido à minha formação baseada na Doutrina Secreta de H.P.B.? Além dos meus estudos da mitologia e a minha dedicação atual à Astrologia? Seja como for, esta revista foi o melhor presente que os Deuses me enviaram nesses últimos anos de aridez astrológica com bases na Tradição... Temos que estar sempre em contato com a mesma (Tradição) para não perdermos o "fio de Ariadne", pois se o perdermos, o Astrólogo ficará tão perdido como está essa louca humanidade que simplesmente perdeu a unidade de si mesma. Oxalá que esta revista magistral consiga ser o grande arauto desse magnífico corpo de conhecimento que é a Astrologia, o qual se perdeu ao longo dos milênios ou os Iniciados o conservaram zelosamente guardado... e que agora no fim dos tempos tal conhecimento vem à Luz por intermédio de vocês? Creia, até acredito que sim!" (Darci Lopes, SP)

- "Sabedoria esotérica e profundidade dos temas tratados, é isto que você pode esperar dos livros de Luís A. Weber Salvi." (Rogério Dossamar)

- "A Revista Órion de Ciência Astrológica e do JORNAL PARALELO 30 são duas excepcionais publicações que fazem com que mantenhamos a nossa chama acesa e nos condiciona à evolução espiritual e esotérica, nossa finalidade aqui na vida. Desejo parabenizá-los por estas fontes de conhecimentos, dádivas preciosas que são. Que os Mestres os iluminem para que estas tochas de luz permaneçam sempre acesas hoje e sempre." (Martim João Batista, MG)

- "As publicações são magníficas! Faço votos que continuem nesta senda de cultura esotérica, abordando sempre assuntos de máxima seriedade, não obstante os diversos obstáculos que porventura cruzarem o caminho. Que a Luz dos Grandes Mestres iluminem a todos." (Murillo da Silva Sant'Iago, SC)

- "Participando de um congresso em Alto Paraíso conheci este admirável e precioso JORNAL PARALELO 30, do qual comprei todos os números disponíveis e que, lendo, me encantaram deveras. Quero ter a todos para mandar encaderná-los. São preciosos ou, como se diz em castelhano, "divinos". As matérias todas nestes números que tenho são de altíssimo interesse e valor espiritual. Realmente, dir-se-ia que os Mestres estão convosco e, por seu intermédio, conosco e nos falando direatamente. É maravilhoso mesmo! A Revista ÓRION merece igualmente os mesmos ou ainda maiores elogios. Reitero então elevado apreço por tão elevado trabalho, digno de chelas-mestres. Que eles vos e nos orientem ora e sempre. Amem!" (Manoel Henrique A. Rocha, DF)

- "Venho por meio desta expressar meu maior interesse no material que voces possuem. Sempre me interesso por coisas novas e vivas a exemplo da Revista Órion de Ciência Astrológica e do JORNAL PARALELO 30, e a mostra dada por vocês de um interesse e um conhecimento grande por parte das escolas teosóficas. Gosto muito dos grupos e escolas novas que surgem a cada pouco e revelam que o conhecimento está além das fontes velhas, cumuladas de pó sufocante e inanimadas. Ficaria muito agradecido em conhecer mais sobre vossa Escola. Saudações, Agartha!" (Douglas Rogério, SP)
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Revista Órion - Relação de Matérias


A ROCA não oferece assinatura, mas disponibiliza todas as edições anteriores, a um mínimo de quatro volumes por encomendas. Damos abaixo uma listagem dos temas das onze edições até agora publicadas.

Número 1
- ÓRION, O CAÇADOR DA LUZ, por Equipe Órion
- PARA UMA DEFINIÇÃO DE ASTROLOGIA, por Olavo de Carvalho
- ASTROLOGIA: O EXERCÍCIO DO UNIVERSALISMO, por Luís A. Weber Salvi
- A GRANDE PIRÂMIDE: MARCO DE UMA ERA, por R. A. Schwaller de Lubicz
- EMMA COSTET DE MASCHEVILLE, por Suzana S. Garcia
- CRITERIOS DE INTERPRETAÇÃO EM ASTROLOGIA, por E. de Maschevillle
- ASTROLOGIA ÁRABE, por François Susarini
- OS SENHORES DO TEMPO, por Bruno da Rocha Vasconcelos
- AXIALIDADE: UMA ASTROLOGIA PARA A NOVA ERA, por L. A. Weber Salvi
- OS QUATRO HUMORES, por Equipe Órion
- NA ESCOLA DOS ASTROS, Entrevista com Ricardo Lindemann
- OS ZODÍACOS DE DENDERAH, por R. A. Schwaller de Lubicz
- OS DECANATOS E A CABALA, por Luís A. Weber Salvi
- INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ASTROLOGIA ESOTÉRICA, por P. C. Viana
- OS ELEMENTAIS, por Equipe Órion
- INVERNO: O RENASCIMENTO DA LUZ, por Equipe Órion
- A CHAVE DOS MISTÉRIOS, por Marcus Allen
Número 2
- O HORÓSCOPO DA NOVA ERA MUNDIAL, por Emma de Maschevillle
- A NATUREZA DA ASTROLOGIA ESOTÉRICA, por Luís A. Weber Salvi
- SERGE RAYNAUD DE LA FERRIÈRE, por Aquiles R. Rubio
- HORÓSCOPO E INICIAÇÃO, por Serge Raynaud de la Ferrière
- ASTROLOGIA MEDIEVAL, por Warren Kenton
- À PROCURA DO PIVÔ CÓSMICO, por Equipe Órion
- AS CINCO CAUSAS DA ENFERMIDADE DO HOMEM, por Franz Hartmann - PELOS ANAIS DA HISTÓRIA, Entrevista com Boris Cristoff
- O MISTÉRIO DO GRANDE ANO, por André Barbault
- PRIMAVERA: RESSURGIMENTO DA VIDA, por Equipe Órion
- A CASA, por Vitor Ramil
Número 3
- AS DÁDIVAS DA ÁGUIA, por Luís A. Weber Salvi
- À PROCURA DE UM NOVO TEMPO, Entrevista com José Argüelles
- TZOLEK: ASTROLOGIA MAYA, por Humbatz Men
- OS MISTÉRIOS DA URSA, por Equipe Órion
- 1995 E SEUS REGENTES, por Graciela Cechin
- SOL-ELO ENTRE MACROCOSMOS E MICROCOSMOS, por Décio Domingues
- O SISTEMA SOLAR, por Luís A. Weber Salvi
- HELENA P. BLAVATSKY, por Equipe Órion
- ASTROLOGIA BRANCA E NEGRA, por Equipe Órion
- O PLANETA INTERIOR, por Emma de Maschevillle e Suzana S. Garcia
- BOTANOLOGIA ASTRAL, por Equipe Órion
- VERÃO -O ESPLENDOR DA LUZ, por Equipe Órion
- OS TRABALHOS DE HÉCULES, por Alice A. Bailey

Número 4
- SIRIUS, A SENHORA DA LUZ, por Equipe Órion
- FUNDAMENTOS DO SIMBOLISMO ASTROLÓGICO, por Jacques Halbron
- PELAS PORTAS DA UNIVERSIDADE, Entrevista com Clóvis Perez
- O PARADIGMA CONSTRUTIVISTA NA ASTROLOGIA, por Luís A. Weber Salvi
- ALICE A. BAILEY, por Equipe Órion
- A ASTROLOGIA E SUAS ENERGIAS, por Alice A. Bailey
- A SANTA CEIA DE DA VINCI, por J. Marciano Ribeiro
- ASTROLOGIA EGÍPCIA, por R. A. Schwaller de Lubicz
- O MICROCOSMOS (II) , por Luís A. Weber Salvi
- OUTONO: TEMPO DE MEDITAÇÃO, por Equipe Órion
Número 5
- DRAGÃO, O GRANDE VAZIO, por Equipe Órion
- O HORÓSCOPO DO BRASIL, por Darci Lopes
- A IMPORTANCIA DOS CALENDARIOS MAIAS E HUNAB KU, por Humbatz Men
- OS CICLOS HISTÓRICOS OU O TEMPO QUALIFICADO, por Fernando Schwartz
- ASTROLOGIA ANDINA, por Incanus
- SAINT-YVES D'ALVEYDRE, por Equipe Órion
- O ARQUEÔMETRO, por Serge Raynaud de la Ferrière
- A IGREJA E A ASTROLOGIA, por Equipe Órion
- AS TRIBOS DE DAVI, por Alice A. Bailey
- O MICROCOSMOS (I), por Luís A. Weber Salvi
- SOLSTÍCIOS & EQUINÓCIOS
Número 6
- O PLANO DOS PORTAIS, por Incanus
- O PORTAL DO DHARMA, por Equipe Órion
- AS MANCHAS SOLARES E O BANCO PSI, por José Argüelles
- O CÓDICE DE HUAHOM-CHE, por Luís A. Weber Salvi
- VEGA, A ÁGUIA CELESTE, por Equipe Órion
- O NOME ASTROLÓGICO, por Jaguar Branco
- A GRANDE CONJUNÇÃO, Darci Lopes
- O CALENDARIO DA NOVA ERA, por Quetzalcóatl
- ASTROLOGIA CALDAICA, por José de Campos Novaes
- OS QUATRO VENTOS SAGRADOS, por Equipe Órion
Número 7
- A QUARTA RONDA PLANETÁRIA, por Luís A. Weber Salvi
- TZOLKIN - O CALENDÁRIO SAGRADO, por Mago Cósmico
- A RODA DO TEMPO, por Itagiba Silvério
- ASTROLOGIA E XAMANISMO, por Jaguar Branco
- O MICROCOSMOS (III) , por Luís A. Weber Salvi
- O MÍSTICO E O SAGRADO, por Gurdinari
- O FIM DO MUNDO EM NOSTRADAMUS, por Equipe Órion
- ZODÍACO SOLAR E ZODÍACO POLAR, por Aloysio Queiroz
- ASTROLOGIA DIVINA, por Jaguar Branco
- ASTROLOGIA E ESCATOLOGIA, por Ludwig A. Ortiz
- O GRANDE ALINHAMENTO DE 2.000, por Equipe Órion
- PLUTÃO E AS MUDANÇAS, por Rogério Dossamar
- A MENSAGEM DE ALTAIR, por Incanus
- SOBRE OS SÍMBOLOS, por Fernando Pessoa

Número 8
- VAIKUNTHA - O PARAÍSO ASTROLÓGICO, por Luís A. Weber Salvi
- O CADUCEU DE MERCÚRIO, por Lidia Bozoiuan
- O HORÓSCOPO DIVINO, por Jaguar Branco
- O MANUAL DE USUÁRIO DA ALMA, por Rogério Dossamar
- O CALENDÁRIO JOVIANO, por Rigden Jyepo
- MITO SOLAR & MITO POLAR, por Gurdinari

Número 9
- ASTROLOGIA GALÁTICA, por Equipe Órion
- A SUÁSTICA OU A "CRUZ GAMADA", por Luís A. Weber Salvi
- DANE RUDHYAR, por Equipe Órion O
- HORÓSCOPO COMO MANDALA, por Dane Rudhyar
- DO ZODÍACO À PRÁTICA DA MANDALA, por Gurdinari
- ASTROLOGIA CLÁSSICA (ROMANA), por Incanus
- CALENDÁRIO & ASTROLOGIA, por Quetzalcóatl
- A CIÊNCIA DA MERCABAH, por Jaguar Branco
- O ANO DO CAVALO BRANCO, por Equipe Órion

Número 10
- A QUINTA RONDA MUNDIAL, por Equipe Órion
- A LINGUAGEM ASTROLÓGICA, por Quetzalcóatl
- O SÍMBOLO DO AGUADOR, por Kumbhadharma
- CALENDÁRIOS & PIRÂMIDES, por Luís A. Weber Salvi
- OS RAIOS E A ASTROLOGIA, por Incanus
- EVOLUÇÃO SOLAR & POLAR, por Gurdinari

Número 11
- O SISTEMA SOLAR sistema solar (II), por Luís A. Weber Salvi
- AS SETE LEIS ESPIRITUAIS, por Saptadharma
- A PREVISÃO ASTROLÓGICA, por Incanus
- A ÁGUA E O VINHO, por Luís A. Weber Salvi
- ASTROLOGIA TELÚRICA, por Quetzalcóatl
- A "RODA DA VIDA", por Itagiba Silvério
- AS FRONTEIRAS DO DETERMINISMO, por Aloysio Queiroz
- ASTROLOGIA INDIVIDUAL & ASTROLOGIA COLETIVA, por Jaguar Branco
- O ANO DA CABRA (E DO CORDEIRO), por Equipe Órion